terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Como o Coaching entrou na minha vida parte I

Quando eu decidi fazer esse blog, pensei em compartilhar um pouco das minhas experiências pessoais e profissionais e de como o coaching tem me ajudado a atingir meus objetivos.
Para isso, vou ter que voltar um pouco no tempo e contar das minhas experiências profissionais e um pouco da minha vida para que você possa entender como o coaching entrou na minha vida.
Só para contextualizar: Eu venho de uma família humilde... meus pais sequer concluíram a quarta série do ensino fundamental. Minha mãe era dona de casa e era empregada doméstica quando conheceu meu pai. Ele, por sua vez, foi barbeiro durante muitos anos e depois passou a investir no comércio, que rendeu o suficiente para o sustento da família. Minhas irmãs e meu irmão, frutos do primeiro casamento do meu pai que já era viúvo também tiveram dificuldades em concluir os estudos e hoje, uma com 46 e a outra com 50 anos, estão cursando a faculdade de Direito.
Perdi minha mãe aos 13 anos. Dali em diante todos da minha familia tentava me fazer entender que eu tinha que trabalhar. Eu não queria mas com muito custo me convenceram disso quando eu já estava com 15 anos. Comecei trabalhando como Atendente de Lanchonete em uma grande rede de fast food, fui operadora de telemarketing e de rádio chamada e finalmente fui parar como recepcionista em uma consultoria de hunting e outplacement. Eu simplesmente não tinha idéia do que era isso... do que era RH e mundo corporativo... meu mundo era tão pequeno dentro de um aquário... enfim... comecei como recepcionista e aos poucos estava ajudando as consultoras no processo de hunting. Em pouco tempo comecei a abordar candidatos e entrevistá-los por telefone tentando identificar o perfil... dali para frente as consultoras davam continuidade no processo e apresentavam os candidatos para o cliente. Depois de quase 2 anos nessa atividade, percebi que eu tinha condições de entrar na faculdade... tinha que pelo menos tentar...
Enfim, entrei na faculdade de Psicologia e 3 meses depois, em função da minha experiência em hunting, tive uma grande oportunidade de ser estagiária em uma multinacional de bens de consumo onde trabalhei muito, aprendi muito e fui muito feliz durante 2 anos. Infelizmente a empresa mudou para Curitiba e precisei sair. Lá eu conheci o que era o mundo corporativo, aprendi o que era trabalhar em RH e vi que eu poderia desenvolver a minha carreira e conciliar com meu prazer em fazer Psicologia. Eu podia trabalhar com pessoas e ver o desenvolvimento delas... melhor, podia participar disso!!! Então fui para um grande banco multinacional onde fiquei por 1 ano; lá tinha tudo muito pronto, muita verba para trabalhar... por incrível que pareça, não me adaptei... De lá fui para uma indústria de tintas, que foi minha segunda grande escola. Fiquei 4 anos e tive a oportunidade de desenvolver muita coisa. Me formei, fui efetivada como Analista de RH, atendia a área de Operações como consultora... tinha pouca verba e muita coisa para fazer... hora de usar toda minha criatividade... e assim foi... em uma outra oportunidade conto um pouco do que fiz por lá, mas posso dizer que os melhores momentos profissionais eu passei lá... eu cheguei e encontrei uma equipe desacreditada das ações de RH, supervisores de fábrica que dormiam nos treinamentos e quando estavam acordados falavam coisas completamente diferentes daquilo que eu estava dizendo... foi difícil e um enorme trabalho de formiguinha... mas alcancei o resultado esperado...
Enfim, depois que saí de lá tive algumas experiências menos relevantes para minha carreira, mas muito importantes para as decisões que tomei agora.
Com o tempo e com as responsabilidades que assumi nas empresas que passei, fui me distanciando cada vez mais do trabalho com pessoas e ficando cada vez mais presa em atividades burocráticas, processos, controles... cada vez mais distante do meu objetivo e do meu propósito inicial quando fui estudar psicologia... trabalhar com pessoas...
Então em 2010, cansada, frustrada, sem objetivos ou metas desafiadoras, sem saber que rumo tomar, decidi fazer algo por mim. Decidi que minha carreira precisava de uma virada, mas simplesmente não tinha a menor idéia do que ia fazer ou como... Eu não queria ser puramente psicóloga clínica e ao mesmo tempo não podia esquecer que eu tinha mais de 10 anos de experiências bem sucedidas em RH. Como então juntar meu conhecimento, minha experiência e minha vontade de fazer acontecer, ver as pessoas se desenvolvendo e à partir daí obtendo resultados, fosse em suas empresas ou em sua vida pessoal???
Tarefa difícil... Como conseguir encontrar meu caminho???
Foi aí que o coaching entrou na minha vida. Uma colega do trabalho me contou que uma amiga dela tinha feito o curso de coaching e que para se certificar precisava aplicar o coaching para duas pessoas. E eu me “ofereci” para ser sua coachee... Fiz o processo que leva 10 sessões. Nessas sessões buscamos definir metas possíveis de serem alcançadas, avaliei minhas forças interiores para que me ajudassem em momentos mais difíceis... Qual foi o resultado disso??? Decidi fazer o curso de coaching também. Incrível não é? Percebi que era realmente o coaching que estava faltando na minha vida.
Pesquisei, procurei, me informei e escolhi fazer o curso da Sociedade Latino Americana de Coaching... Mas isso já é uma outra história...

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